SEGURANÇA
ALIMENTAR
Objetivo é mobilizar Estados,
municípios, sociedade civil, organismos internacionais e setor privado em torno
da promoção da alimentação saudável e combate ao sobrepeso e à obesidade
Brasília – Os avanços
brasileiros na redução da fome decorrem de políticas públicas estruturantes,
como o aumento da oferta de alimentos por meio do fortalecimento da agricultura
familiar, o Programa Bolsa Família, o Plano Brasil Sem Miséria e a elevação do
salário mínimo. São estratégias que possibilitaram o país sair do Mapa Mundial
da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO), em 2014.
Diante do sucesso
no enfrentamento da insegurança alimentar, estas políticas serão direcionadas
para novos desafios: a promoção do consumo de alimentos saudáveis e adequados e
a ampliação das condições de oferta e disponibilidade desses alimentos para
combater o sobrepeso, a obesidade e as doenças decorrentes da má alimentação da
população brasileira.
Para enfrentar esses desafios, o
governo federal lança, nesta terça-feira (3), o Pacto Nacional para Alimentação
Saudável, durante a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional, em Brasília.
Os estados, o
Distrito Federal e os municípios, além da sociedade civil organizada, dos
organismos internacionais e do setor privado, serão mobilizados. Promover
campanhas de esclarecimento da população sobre a importância de hábitos
alimentares saudáveis e atuar no ambiente escolar, no sistema de saúde e nos
equipamentos de alimentação são alguns dos eixos de atuação previstos no
decreto.
“As crianças estão
entre as prioridades da iniciativa, uma vez que quanto mais cedo estivermos
expostos à alimentação inadequada, mais cedo também surgem os problemas
decorrentes da má alimentação, como a diabetes, hipertensão e a até mesmo o
câncer”, explica o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.
O Pacto também
prevê incentivos à produção de alimentos orgânicos, agroecológicos e da
agricultura familiar com o objetivo de assegurar a oferta regional e local
desses produtos. Os programas de compras públicas, como o Programa Nacional de
Alimentação Escolar, que atende mais de 43 milhões de estudantes da rede
pública de ensino, também têm papel importante. A merenda escolar brasileira
foi destacada pela FAO como um dos fatores fundamentais para a saída do Brasil
do Mapa Mundial da Fome, em 2014. Todos os dias, 43 milhões de crianças e
adolescentes se alimentam na escola – número maior do que a população da
Argentina.
Comentários