Brasil é o país que mais coleta
embalagens vazias de agrotóxicos
O Brasil é referência mundial no programa de
coleta e destinação final correta de embalagens de agrotóxicos, informa a
edição desta sexta-feira do boletim “Em Questão”, veiculado pela Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
De acordo com o informativo, o Brasil possui uma
cobertura de 94% da demanda. Depois do Brasil vem a Alemanha, com 76%, e o
Canadá, com 73%. O programa cresceu 9% em três anos, chegando a 34,2 mil
toneladas recolhidas no ano passado.
Nos últimos dez anos, o programa brasileiro
reciclou mais de 202 mil toneladas. “O principal objetivo é dar a destinação
correta para as embalagens vazias dos agrotóxicos e diminuir o risco para a
saúde das pessoas e de contaminação do meio ambiente”, explica o coordenador de
Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís
Eduardo Rangel.
As embalagens de agrotóxicos são obrigatoriamente
recolhidas desde 2002. A nova legislação federal determinou a responsabilidade
da destinação final de embalagens vazias para o agricultor, o fabricante e o
revendedor. Cada elo da cadeia tem a sua função e uma organização não
governamental. O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
é responsável pela destinação final do material. O instituto entrou em
funcionamento em março de 2002, como contrapartida das indústrias fabricantes
dos produtos.
Antes da legislação, as embalagens eram
enterradas ou queimadas. De acordo com a nova regra, o produtor deve lavá-las e
perfurá-las para evitar a reutilização. Esse recipiente pode ficar armazenado
na propriedade por no máximo um ano. O revendedor tem a obrigação de indicar os
postos de recolhimento na nota fiscal e o fabricante de recolher e dar a
destinação final ao material. A fiscalização é rígida pelas leis de agrotóxicos
e de crimes ambientais. “As multas podem chegar a R$ 20 mil no caso de não
cumprimento à legislação”, alerta Rangel.
O sistema Campo Limpo, que faz a logística
reversa de embalagens vazias de agrotóxicos, conta com 114 centrais e 307
postos de recolhimento, porém, as unidades móveis são responsáveis por cerca de
10% da coleta.
O destino final são 14 unidades recicladoras e
incineradores. O sistema poupa a emissão de gases de efeito estufa, com 250 mil
toneladas não emitidas de CO2 equivalente.
É tecnicamente possível reciclar 95% das
embalagens, mas elas precisam ser lavadas corretamente no momento de uso do
produto no campo. São incineradas as embalagens não laváveis (cerca de 5% do
total) e as que não foram tríplice-lavadas pelos agricultores.
Fonte: Em Questão/ Secom
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