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Encontro debate compras da agricultura familiar para o PNAE



Mais de 60% dos municípios brasileiros já estão comprando alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar. De acordo o artigo 14 da Lei 11.947/2009, pelo menos 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nos municípios devem ser utilizados na aquisição de alimentos produzidos por agricultores familiares.

Esta informação foi apresentada na abertura de 1º Encontro de Avaliação e Implementação do artigo 14 da Lei 11.947/2009, nesta segunda-feira (2), em Brasília. O encontro conta com a presença de 31 representantes dos Projetos Nutre e dos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição do Escolar (Cecanes).

“A agricultura familiar se insere no projeto nacional de desenvolvimento do país como uma forte vocação social para a nossa política econômica, em um período que é fundamental produzir alimentos para uma população que consome cada vez mais”, disse o secretário nacional de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Laudemir Müller.

“Neste sentido, temos que continuar com o trabalho de fortalecimento da agricultura familiar, junto com as nossas políticas de crédito, seguro e assistência técnica. E com essa grande ferramenta (PNAE), transpor a fronteira da porteira, pensar do lado de fora em uma política de comercialização que visa a organização econômica dos agricultores e a geração de renda”, enfatizou.

“O PNAE está garantindo uma alimentação mais saudável para os meninos e meninas pelo país, que serão futuros consumidores e que vão mudar um padrão de consumo. Já avançamos muito e estou convencido de que podemos atender os 30% e muito mais”, completou o secretário.

A Rede Brasil Rural (RBR) é uma ferramenta virtual que aproxima as cooperativas de produtores rurais dos fornecedores de insumos, da logística de transporte e dos consumidores públicos e privados. A RBR cria um portal de compras de produtos para merenda escolar. Gestores do PNAE terão acesso direto à oferta de produtos da agricultura familiar.

Os editais de compra de todo o país serão publicados em um único local e distribuídos diretamente a empreendimentos familiares que produzam os alimentos requeridos. Resultados dos editais e prestação de contas dos gestores e dos agricultores familiares passam a ser feitos diretamente no portal, o que aumenta a transparência da oferta e a compra de produtos para a alimentação escolar.

“O desafio não é apenas para quem gerencia o programa, é um desafio também para os gestores públicos da educação dialogar com essa nova modalidade, é uma nova cultura entre os compradores oficiais, que precisam adequar os seus cardápios conforme a safra, os alimentos da região, respeitando a cultura local”, disse Albaneide Peixinho, coordenadora geral do PNAE no Fundo Nacional d Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação.

“O PNAE se tornou mundialmente conhecido, outros países querem saber como o Brasil está efetivando a política”, afirmou. A coordenadora também citou a Rede Brasil Rural como um importante instrumento de política pública para ofertar os produtos da agricultura familiar à alimentação escolar e viabilizar o fácil acesso às chamadas públicas.

Na programação do evento, nesta terça-feira (3) haverá o debate entre os grupos para realizar uma avaliação dos principais municípios que estão comprando e atividades voltadas para as principais dificuldades encontradas na implantação da lei. Na quarta-feira (4), haverá a apresentação da Rede Brasil Rural e os encaminhamentos finais.

A Lei da Alimentação Escolar determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo FNDE na compra de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural para a alimentação escolar. Para atender à exigência mínima, estima-se que seja necessário o envolvimento de 104 mil agricultores familiares em todo o país.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)

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