A oferta de cursos profissionais de educação alimentar e nutricional para beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, foi um dos principais temas da reunião entre a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Jair Meneguelli. A reunião, ocorrida nesta quinta-feira (15), teve por objetivo debater parcerias entre o ministério e o Sesi por meio do programa Cozinha Brasil.
“Hoje, o Brasil carece de mão de obra em todos os setores. No segmento de serviços, temos inúmeros restaurantes naturais que poderiam absorver essa mão de obra”, exemplificou Tereza Campello. Uma das ideias é adaptar os cursos para auxiliar de cozinhas. “Melhor ainda se forem profissionais qualificados para o preparo de refeições saudáveis e que evitem o desperdício de alimentos”, completou.
Criado em 2004, o Cozinha Brasil tem o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) mediante acordos de cooperação e convênios para a instalação de cozinhas móveis adaptadas em caminhões e cozinhas semifixas para a oferta dos cursos de educação alimentar. O programa do Sesi tem por objetivo ensinar a população a preparar alimentos saudáveis sem desperdício, aproveitando partes como caule, talos, cascas, folhas e sementes de alto valor nutritivo.
A parceria possibilitou a oferta de cursos em mais de 440 municípios de todo o país. Foram beneficiados 144 mil alunos e 19 mil multiplicadores (merendeiras, líderes comunitários e profissionais da rede da assistência social, entre outros).
“Para erradicar a fome é preciso mais que distribuir alimentos. É necessário levar conhecimento à população. A experiência foi tão positiva que está sendo exportada para outros países, como Uruguai e Moçambique”, destacou Meneguelli.
Qualificação – MDS e Sesi acordaram trabalhar conjuntamente para adaptar a experiência do Cozinha Brasil, visando a qualificação profissional do público do Brasil Sem Miséria – pessoas que vivem com renda mensal de até R$ 70. O primeiro passo é ajustar a metodologia e a carga horárias dos cursos.
Também participaram da reunião a secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Maya Takagi, e a secretaria executiva do Conselho Nacional do Sesi, Cleude Gomes da Silva.
Rafael Ely
Ascom/MDS
Ascom/MDS
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