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Ipea sinaliza que redução da pobreza em Minas é mais intensa

Minas Gerais vem reduzindo seus índices de pobreza e desigualdade em ritmo maior do que outros Estados do Sudeste e do que a média brasileira. No entanto, possui apenas 9,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e 10,3% da população. Os dados foram comentados pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, nesta segunda-feira (13/2/12), durante apresentação da versão mineira da série de estudos “A situação social nos Estados”, no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Pochmann também vai participar do Debate Público “A renegociação da Dívida dos Estados com a União”, realizado pela ALMG a partir de 14 horas. O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) acompanhou o lançamento.
O estudo do Ipea mostra a evolução de 34 indicadores entre 2001 e 2009, nas áreas de demografia, previdência social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, cultura, saneamento e habitação. É possível comparar dados dos estados com as médias regional e nacional e descobrir, por exemplo, como está a evolução de Minas Gerais em relação à renda domiciliar per capita, ao combate à mortalidade infantil, às taxas de homicídio e à remuneração do trabalho.
De acordo com Pochmann, Minas apresenta a 9ª maior renda domiciliar do País e a 8ª menor taxa de pobreza extrema entre os Estados. Tecnicamente, considera-se em extrema pobreza os que tinham renda per capita inferior a R$ 67,07 ao mês, em setembro de 2009. Para anos anteriores, o valor é deflacionado segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2001, 9% da população mineira estava nessa situação, índice reduzido para 3% em 2009. É uma queda bem superior à do Sudeste (que caiu de 5,6% para 2,3%) e à do Brasil (queda de 10,5% para 5,2%).

Transferência de renda - Na última década, a redução dos índices de pobreza e a melhora dos indicadores sociais ocorreram em todos os Estados, especialmente no meio rural. Para Pochmann, a ampliação dos investimentos sociais e dos programas de transferência de renda explicam, em grande parte, esse quadro. Esses investimentos se transformaram em estímulo ao crescimento econômico, em uma política que inverteu uma máxima do ex-ministro Delfim Neto, de que era necessário primeiro fazer crescer o bolo para depois dividi-lo. Agora, a distribuição vem antes e é condição para o crescimento. “É um novo modelo econômico implantado a partir de 2004. A distribuição é fermento da ampliação do mercado interno”, afirmou o presidente do Ipea.
No entanto, nem todos os dados divulgados pelo Ipea são positivos para Minas Gerais. Uma das questões mais preocupantes, segundo Pochmann, está na área da segurança. Levando em conta dados da área da saúde, o Instituto concluiu que, no Estado, a taxa de homicídios de homens entre 15 e 29 anos subiu 74,7%, entre 2001 e 2009. No Sudeste, houve uma queda de 37%, enquanto a média brasileira reduziu em 7%. O Instituto usa dados de causa da morte da área de saúde para evitar as disparidades entre os índices governamentais da área de segurança. Esse índice de mortalidade é considerado um indicador importante da violência urbana, uma vez que os homicídios relacionados ao tráfico afetam mais os homens jovens.

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